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Rebel Moon: Análise crítica do filme de Zack Snyder

Descubra se Zack Snyder entregou uma obra cinematográfica convincente.

Por Deivid Jean
Rebel Moon

Rebel Moon, a mais recente obra de Zack Snyder, é um filme que promete muito, mas deixa a desejar em alguns aspectos. Ainda assim, há elementos que merecem destaque e apreciação.

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Originalmente concebido como uma subversão da franquia Star Wars, Rebel Moon – Parte Um: A Menina de Fogo acaba por se assemelhar bastante a um episódio da saga. Apesar do potencial do material, o filme luta para criar sua própria identidade.

A trama é sobre Kora (Sofia Boutella), uma soldado que vive tranquilamente entre os habitantes da lua agrícola do planeta Veldt. Quando o Imperium, uma entidade impiedosa que subjuga os habitantes dos planetas para fazer seu trabalho sujo, chega ao seu novo lar, Kora decide que não tem escolha a não ser enfrentá-los.

Uma Identidade em Conflito 

Rebel Moon – Parte Um: A Menina de Fogo parece estar em guerra consigo mesmo. Quando finalmente começamos a entender quem é Kora e o que a motiva, a obra se transforma em um filme de assalto, e a guerreira começa a recrutar membros que acabamos não conhecendo muito bem, exceto pelas armas que carregam.

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O maior problema é que o filme parece não querer se destacar entre títulos semelhantes, como Rogue One (que é muito superior), e uma das razões pode ser sua duração.

A Versão Incompleta

Rebel Moon

Reprodução/Netflix

Esta versão de Rebel Moon não representa completamente o filme que Snyder queria mostrar. A versão estendida para maiores de idade ainda está para ser lançada, e é possível perceber que algumas partes da história estão ausentes, especialmente quando consideramos que há uma Parte Dois programada para ser lançada em quatro meses.

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O pior é que Rebel Moon se esforça para se apresentar como um filme PG-13, com momentos violentos tão descaradamente cortados que perdem todo o impacto, tornando ainda mais difícil se envolver nas lutas do filme.

A Construção do Mundo em ‘Rebel Moon’

Divulgação/Netflix

O que também é negligenciado nesta primeira versão de Rebel Moon é a construção do mundo que foi tão divulgada por Snyder. Ele criou diversos planetas e sociedades para diferenciar personagens, mas o que realmente define cada planeta?

O que você consegue lembrar solidamente sobre eles depois que a exibição termina? Não por acaso, o que se destaca é Veldt, o planeta em que passamos mais tempo e conhecemos a maioria dos personagens.

Para o resto, parece que Snyder pensou que povoar um planeta apenas requer a colocação de alienígenas de aparência estranha na tela.

O Que Funciona em ‘Rebel Moon’?

Rebel Moon

Reprodução/Netflix

Apesar das críticas, não podemos ignorar os elementos que funcionam em Rebel Moon. Snyder é conhecido por entregar efeitos especiais de alta qualidade, e este filme não é exceção.

O ambiente assustador é eficientemente criado pelo design de produção e figurino, especialmente na chegada dos discípulos do Imperium a Veldt e outros territórios.

Isso é expresso logo no início do filme, quando uma discussão termina com um corpo inesperado no chão, fazendo com que nos envolvamos na jornada de Kora. Você torce por ela e sua equipe, desejando apenas ter tido a chance de conhecê-los melhor.

Desafiando Limites Cinematográficos

Rebel Moon

Reprodução/Netflix

Por fim, apesar de suas falhas, ‘Rebel Moon’ prende a atenção com efeitos visuais impressionantes e uma história de resistência à opressão.

Ainda que a construção do mundo e o desenvolvimento dos personagens deixem a desejar, a jornada de Kora e sua equipe é envolvente e mantém o público interessado.

Com a sequência de Rebel Moon a caminho, esperamos que ela supere as falhas iniciais e atenda às expectativas dos fãs. Apesar de seus problemas, Rebel Moon é uma intrigante adição à ficção científica e os fãs de Zack Snyder e do gênero devem assistir.

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